24 abril 2009

Açude do Camorim

Não vamos repetir o clichê de que Açude do Camorim (localizado no Parque Estadual da Pedra Branca) é "um pedaço da natureza em plena selva de pedra". Para fazer isso, teríamos que considerar Jacarepaguá e Campo Grande "selvas de pedra". E não estamos totalmente convencido disto. É inegável o crescimento demográfico e a realização de novas construções nessas regiões. Contudo, seria precipitado afirmar que elas são selvas de pedra.

De qualquer modo, podemos aplicar uma outra frase bem famosa ao Açude. Ou melhor, às pessoas que perto dele vivem. "Muito conhecem de terras distantes, mas pouco sabem sobre a própria terra". De fato, são poucos os que vivem aqui em Jacarepaguá ou em bairros vizinhos que conhecem o Parque Estadual da Pedra Branca. No máximo, sabem que lá pro lado da Curicica e lá no Pau da Fome tem muito mato, coisa e tal. Por conta disso, decidimos publicar alguns artigos e, sobretudo, fotos desses locais. É claro que as publicações não se limitam aos nossos conterrâneos, elas também se destinam aqueles que vivem em outros bairros.

Ingressamos no Parque Estadual da Pedra Branca pelo núcleo Camorim (localizado na Estrada do Camorim, 2118). Fomos muito bem recebidos pelo senhor Fernando e por uns cachorros que vivem com a família que cuida do núcleo.

Não chegamos a perguntar ao Sr. Fernando qual eram os nomes dos cachorros. Mas eles são bem mansos e um deles (o cão preto da segunda foto. Acho até que é fêmea) nos acompanhou durante boa parte da trilha. Cabe aqui uma dica: antes de pegar a trilha para o Açude, é interessante visitar o Circuito das Águas que é bem pertinho.

O Circuito das Águas possui 250 metros de extensão, o tempo de caminhada é de 20 a 25 minutos e seu nível de dificuldade é bem leve. Trata-se de um sistema de captação e tratamento de água destinada ao consumo humano. Além da construção, a vegetação ao seu entorno também chamou bastante nossa atenção o que rendeu algumas fotos (que podem ser vistas no orkut).
Voltando à trilha para o Açude notamos um certo excesso de atalhos. Não dispomos de profundos conhecimentos de biologia, engenharia florestal e áreas afins, mas é necessário que a administração do PEPB intervenha e decida por manter as trilhas (e fechar os atalhos fazendo reflorestamento) ou vice-versa. Outra coisa que chamou nossa atenção (e já foi tema de discussão na "Comunidade Terra Limpa TV" no orkut) é a falta de manutenção das trilhas. São muitas árvores caídas, erosão, lixo, etc.

Problemas a parte, antes de chegar ao Açude vale muitíssimo a pena visitar a Cachoeira do Camorim. Como as águas do Açude são destinadas ao consumo humano o banho tanto no Açude quanto na cachoeira são proibidos (mas...rs). Da própria trilha em direção ao Açude é possível ouvir o som das águas da cachoeira, basta redobrar a atenção e descer numa trilha do lado direito. Lá na cachoeira, tome cuidado para não escorregar nas pedras e divirta-se bastante. Finalmente, após uma rápida passagem na cachoeira, chegamos no Açude do Camorim. A extensão do Açude é realmente impressionante. Resolvemos andar por toda a margem do Açude. Infelizmente, em determinados trechos a trilha já estava fechada (pela falta de uso). A dica é nunca perder o Açude de vista. Cedo ou tarde, você retornará ao ponto inicial. Contudo, é bom redobrar a atenção não só para a beleza do local, mas também para alguns cuidados. Vimos algumas pegadas perto dos rios que alimentam o açude (depois de uma pesquisa no Google, descobri que são pegadas de Guaxinim - também conhecido como mão-pelada). Embora seja um animal de pequeno porte pode atacar caso se sinta ameaçado. Os rios são sempre um bom "ponto de encontro" dos bichos, fique atento. Após contornarmos o Açude, fomos a cachoeira e seguimos de volta pra casa.
Postamos um vídeo no YouTube com algumas fotos que tiramos. Para conferir o álbum de fotos na íntegra, visite o perfil Vidas&Trilhas JPA no orkut.


Abraços. Naldinho.








Maiores informações, consulte:
INEA - Instituto Estadual do Ambiente
Amigos do Parque - Parque Estadual da Pedra Branca

Um novo olhar desde Jacarepaguá.


Contato: Visite nosso orkut (Vidas&Trilhas Jacarepaguenses ou Bosque da Freguesia) ou mande um email para vtjpa@hotmail.com


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