25 maio 2009

Por uma cidade sem fronteiras



Geograficamente o Rio de Janeiro é democrático. Talvez até mais que São Paulo, cidade da qual retornei a alguns dias.No Rio em cada bairro o asfalto e o morro se encontram,seja na vastidão da Zona Oeste seja nos morros meia laranja da Zona Sul ou maciços da Zona Norte.Cidade Maravilhosa.E Democrática.No sentido conceitual, da diferença entre segmentos sociais,diria é,repito, democrática, porém em termos,por que esta proximidade nos traz uma outra verdade, a falácia da verdadeira democracia de espaço,tal como no mito carnavalesco Gilberto Freireano da Democracia racial(sexual?)

Rio 40 graus,da beleza (e do caos,dirão leitores de jornais que impõe,ou acham impor suas opiniões como opiniões midiaticas,mas 'públicas').Cidade esta em que cada qual parece ter seu lugar social, cada vez mais definido ou imposto pelos estereótipos quanto aos moradores de comunidades. Exóticos ou estranhos.E o pobre gente fina, que se vira nos trinta ou então é pechado como o malandro, o eterno malandro,só que sem a cartola. Mão de obra das classes mais abastadas,o exercito reserva para a economia e subemprego assim acompanhamos estas imagens pre conceituais. E seguimos assistindo a fácil leitura desejada quanto aos planejamentos urbanos quanto a ordem urbana e ação criteriosa(?)política

Tal é o caso do Muro.Ou muros.Defensor do meio ambiente ,paro e penso: protego as matas , mas e quanto a vida humana? Se há ocupaçao irregular do solo é por que há muita coisa errada acontecendo a décadas.Voltemos a historia do surgimento das favelas? A original politica do bota abaixo e escorraçamento dos mais pobres quando parri passu dava-se o embelezamento e afrancesamento do Centro do Rio antigo?

Há quem defenda como a exemplo de uma vereadora da Zona Sul que não erra e diz:O muro não separará a favela do asfalto.E sim a (s)favelas das matas.Bem, e quem separará os condomínios das matas?Ha um olhar em relação aos tantos que proliferam desde Vidigal a Campo Grande?Só se criticam as favelas.Muros? Melhor: por que ao invés de milhões com muros, já sabendo dos porquês do crescimento das favelas, não combater então a especulação imobiliária, a falta de política habitacional alijada de um sistema de transporte de massa e outras ações de inserção social para combater os exclusivismos presentes a décadas?

O muro e uma solução simples, fácil, imediata por demais. Impedira o crescimento horizontal das favelas.Mas para coibir o crescimento vertical, construirão gaiolas?
Já o muro cercando favelas no Rio seria a mais completa demonstração de não uso do conhecimento. Vai servir para interromper o crescimento horizontal ? Não ! Na verdade, vai ser uma parede para um domicilio do lado de dentro e outra para o do lado de fora. Sei que vão responder que estarão fiscalizando. .É mesmo? Então não precisa de muro...

E verdade que alem dos riscos por conta das construções em áreas de verde , ares de riscos, precariedade, a solução seria coibir alem do crescimento uma piora da qualidade de vida intra comunidades,porem no que tange as favelas da zona sul carioca, onde estão previstos os muros, tem tido mais de 95 % do seu crescimento na forma vertical...são dados do IPP, da FIRJAN e quem mais for medir. Então, esse é o problema...e, como não se trata mais de desvalidos chegando sem rumo nem casa, e , sim , de um negocio ilegal que paga tributos à bandidagem, sejam traficantes, milicianos ou poder público corrompido, O VERDADEIRO PROBLEMA é o controle
territorial por parte da bandidagem, a perda, pelo Estado, do monopólio do uso da força nesses territórios.E a solução não será via construção de muros!

Murar as favelas tem um impacto simbólico terrível. É gueto, separação.É partir a cidade voluntária e conscientemente.Não bastasse a vista grossa aos condomínios de médio e alto padrão que privatizam ruas residenciais e de outrora livre acesso a transeuntes, agora em toda cidade em regiões com potencial especulativo, a política de construir muros mata nosso mais precioso bem , arruina nossa alma, e o faz sem beneficio algum. Se vamos enfrentar os problemas urbanos ,será com métodos do
século XXI ou com muros medievais?

Não precisamos de muros, muros nada abstratos, mas de puro concreto.Precisamos de pontes. Mais que materiais, mas nos pensamentos quanto às diferenças e as exclusões que vivemos nesta cidade .Muros?para que muros?para a empreiteira x ou y prestando serviços a EMOP (empresa publica criada pelo PAC no Rio) ganhar milhões enquanto as favelas merecem é ação social e não esta forma de contenção. E preciso Estado para que não haja poder paralelo de qualquer sorte .Depois do caveirao, agora um muro? Muro disfarçado de eco pensamento,ou de meia cerca como negociado com a Associação da Rocinha ,mas não deixa de ser um muro. E então por que não um muro virtual com apenas marcos via gps, monitoramento mais barato,por que pouco adianta criar muros e abandona los, não? Eco-limites aperfeiçoados para resistirem ao roubo de cabos de aço, do esburacamento que será feito, as obras superfaturadas,...

Já me mostraram diversos projetos bonitos e que comunidades apreciariam...Eco-limites digitais são um exemplo: basta marcar com GPS e por uma barreira fisica decente,mas simples (uma estaca!)E todos nós acompanharmos pelo google earth ou outros aplicativos e olha que a vigilância da sociedade é poderosa...

Precisa lembrar que até o muro do rio Grande para barrar imigração ilegal nos EUA na fronteira do México só tem funcionado bem agora, com internautas vigiando a partir de centenas de câmeras ?

Vai servir para segurança, para evitar que a bandidagem use as matas como refúgio ? Não!Quem vai conhecer os buracos, as passagens secretas, os túneis, será a bandidagem.. .para a policia vão sobrar as armadilhas ,mais policiais sendo tocaiados ou tendo de agir com maior força dada a paranóia ,sem dizer de pular ou dar a volta toda no muro...

Muros não serão práticos,serão quebrados, furados. o trafico agradecera por que para o policial, será o marginal é quem saberá de todos os buracos que levam da favela a mata. Precisamos de pontes! E estar de olhos abertos as cancelas dos condomínios de alto padrão que vedam acesso a espaços públicos. Ao invés de muros ,políticas habitacionais para pobres e não financiamentos da CEF para tão somente as classes medias.Se fizermos isto inibiremos os quitinetes verticais que proliferam se, muitos como neo cortiços,onde os seus donos exploram e lucram com a pobreza e déficit habitacional nas favelas e bairros pobres!

Não aos muros! E neste caso é um muro que não serve para coibir terroristas e sim 1/3 da população carioca. Um muro para dividir a cidade em cidades.E isto não e a solução!Há os leitores de jornais como O Globo que escrevem com receios e de que O Estado tem de 'intervir', por medo de um dia “O Morro descer ao asfalto” e a 'Desordem' que impera. Coitado destes. Cegos esquecem que a cidade é que pararia quando “o morro resolvesse não descer mais ao asfalto”.

É ...teriamos as dondocas e playboys tendo de portearem seus prédios, lavarem calçadas,socialites no tanque lavando a roupa,'sinhôzinhos modernos'fazendo a mecânica de seus carros,dirigindo os,botando o lixo pra fora,etc

Seria uma imagem belissima...Otima forma de mostrar a hipocrisia de nossa cidade...
O RIO NÃO PRECISA DE MUROS, O RIO PRECISA DE PBem Vindos Ao Vidas &Trilhas Jacarepaguenses!

Um novo olhar desde Jacarepaguá

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24 abril 2009

Açude do Camorim

Não vamos repetir o clichê de que Açude do Camorim (localizado no Parque Estadual da Pedra Branca) é "um pedaço da natureza em plena selva de pedra". Para fazer isso, teríamos que considerar Jacarepaguá e Campo Grande "selvas de pedra". E não estamos totalmente convencido disto. É inegável o crescimento demográfico e a realização de novas construções nessas regiões. Contudo, seria precipitado afirmar que elas são selvas de pedra.

De qualquer modo, podemos aplicar uma outra frase bem famosa ao Açude. Ou melhor, às pessoas que perto dele vivem. "Muito conhecem de terras distantes, mas pouco sabem sobre a própria terra". De fato, são poucos os que vivem aqui em Jacarepaguá ou em bairros vizinhos que conhecem o Parque Estadual da Pedra Branca. No máximo, sabem que lá pro lado da Curicica e lá no Pau da Fome tem muito mato, coisa e tal. Por conta disso, decidimos publicar alguns artigos e, sobretudo, fotos desses locais. É claro que as publicações não se limitam aos nossos conterrâneos, elas também se destinam aqueles que vivem em outros bairros.

Ingressamos no Parque Estadual da Pedra Branca pelo núcleo Camorim (localizado na Estrada do Camorim, 2118). Fomos muito bem recebidos pelo senhor Fernando e por uns cachorros que vivem com a família que cuida do núcleo.

Não chegamos a perguntar ao Sr. Fernando qual eram os nomes dos cachorros. Mas eles são bem mansos e um deles (o cão preto da segunda foto. Acho até que é fêmea) nos acompanhou durante boa parte da trilha. Cabe aqui uma dica: antes de pegar a trilha para o Açude, é interessante visitar o Circuito das Águas que é bem pertinho.

O Circuito das Águas possui 250 metros de extensão, o tempo de caminhada é de 20 a 25 minutos e seu nível de dificuldade é bem leve. Trata-se de um sistema de captação e tratamento de água destinada ao consumo humano. Além da construção, a vegetação ao seu entorno também chamou bastante nossa atenção o que rendeu algumas fotos (que podem ser vistas no orkut).
Voltando à trilha para o Açude notamos um certo excesso de atalhos. Não dispomos de profundos conhecimentos de biologia, engenharia florestal e áreas afins, mas é necessário que a administração do PEPB intervenha e decida por manter as trilhas (e fechar os atalhos fazendo reflorestamento) ou vice-versa. Outra coisa que chamou nossa atenção (e já foi tema de discussão na "Comunidade Terra Limpa TV" no orkut) é a falta de manutenção das trilhas. São muitas árvores caídas, erosão, lixo, etc.

Problemas a parte, antes de chegar ao Açude vale muitíssimo a pena visitar a Cachoeira do Camorim. Como as águas do Açude são destinadas ao consumo humano o banho tanto no Açude quanto na cachoeira são proibidos (mas...rs). Da própria trilha em direção ao Açude é possível ouvir o som das águas da cachoeira, basta redobrar a atenção e descer numa trilha do lado direito. Lá na cachoeira, tome cuidado para não escorregar nas pedras e divirta-se bastante. Finalmente, após uma rápida passagem na cachoeira, chegamos no Açude do Camorim. A extensão do Açude é realmente impressionante. Resolvemos andar por toda a margem do Açude. Infelizmente, em determinados trechos a trilha já estava fechada (pela falta de uso). A dica é nunca perder o Açude de vista. Cedo ou tarde, você retornará ao ponto inicial. Contudo, é bom redobrar a atenção não só para a beleza do local, mas também para alguns cuidados. Vimos algumas pegadas perto dos rios que alimentam o açude (depois de uma pesquisa no Google, descobri que são pegadas de Guaxinim - também conhecido como mão-pelada). Embora seja um animal de pequeno porte pode atacar caso se sinta ameaçado. Os rios são sempre um bom "ponto de encontro" dos bichos, fique atento. Após contornarmos o Açude, fomos a cachoeira e seguimos de volta pra casa.
Postamos um vídeo no YouTube com algumas fotos que tiramos. Para conferir o álbum de fotos na íntegra, visite o perfil Vidas&Trilhas JPA no orkut.


Abraços. Naldinho.








Maiores informações, consulte:
INEA - Instituto Estadual do Ambiente
Amigos do Parque - Parque Estadual da Pedra Branca

Um novo olhar desde Jacarepaguá.


Contato: Visite nosso orkut (Vidas&Trilhas Jacarepaguenses ou Bosque da Freguesia) ou mande um email para vtjpa@hotmail.com


15 abril 2009

Vidas &Trilhas Jacarepaguenses


Vidas & Trilhas Jacarepaguenses

Um novo olhar,desde Jacarepaguá.O nome de outrora do blog fora "Vidas e Trilhas Urbanas". Agora,Vidas e Trilhas Jacarepaguenses- http://vidastrilhasjacarepaguenses.blogspot.com/, destinado a todos e a divulgaçao de um Jacarepaguá não meramente exotico,e quase 'sertão Carioca,e sim,um Jacarepaguá complexo,porque urbano e rural.Cinza e ao mesmo tempo de recantos e mananciais,e outras peculiaridades somente em tais terras ainda resguardadas.

Vidas &Trilhas Jacarepaguenses é um blog dedicado aos jacarepaguenses de nascimento ou sentimento.Por nossa forma de pensar e olhar o Rio e outros rumos a partir da nostalgia do "Nosso Jacarepaguá, nossa terra", este ‘bairro-cidade' que consta com cerca de 550 mil habitantes,se excluida a Barra e Recreio.


Igualmente no orkut a comunidade http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=45360204 , era chamada "Jacarepaguá também é Rio de Janeiro “.E agora torna-se também Vidas e Trilhas Jacarepaguenses. Um lugar em que através de imagens ,história e andanças busca-se um resgate e outro olhar desde Jacarepaguá também quanto ao que está aquém de Nosso Jacarepaguá,por que conosco a marca da origem, a dia dia construir uma nova história a partir de cada memória narrada,visual ou escrita,quando estas então congruem-se,pois são parte de nossa,de toda a História, frutos da observação constante pelo caminho que se estende por Vidas &Trilhas Jacarepaguenses em convite à visitação e um novo olhar desde Jacarepaguá".


Jacarepaguá está na zona oeste carioca.Mas o olhar Jacarepaguense se estende para qualquer parte do planeta.É nossa raiz,mácula ou apenas singularismo . Jacarepaguá ,um outro lugar.Cercado de montanhas, na baixada carioca de mesmo nome ,de passado colonial ao crescimento urbano atual.Jacarepaguá tem sua historia, deixa impressa sua marca também nos que por estas terras nascem, criam-se ou por algum momento por esta se estabelecem. E isto nos carregamos junto, em nosso olhar,para a partir de então, a cada olhar,seja por outros bairros, cidades,vilarejos ou serranias, um outro olhar desde Jacarepaguá
Terra de florestas e montanhas,e que em suas terras em meio ao crescimento urbano mantém recantos naturais, rios, cachoeiras,Jacarepaguá tem um potencial enorme, pois é o único local do Rio de Janeiro que ainda existe espaço e montanhas virgens a serem conquistadas, fora a diversidade de estilos.
Longe da agitação da cidade, o bairro preserva características bucólicas. É um ambiente meio rural, meio urbano, estilo a região serrana do Rio de Janeiro


Jacarepaguá terra que em outras listas e comunidades é a terra de nostalgias. Do tempo dos bondes, das ruas ainda vazias, do aspecto que ainda mantém de bairro a parte, uma cidade distinta, cercada das montanhas e maciços da Pedra Branca e Tijuca, na baixada de Jacarepaguá

Terra de expoente, historias, cinemas antigos ,ruas cheias de historias , este ex-sertão carioca.Diferenciava se pela democracia no espaçamento , da distancia pequena entre pobreza e riqueza, mas que aos poucos tomba , sob o epiteto de progresso dos que o talham onde imperava sitios e casarios.

Se cidade, junto a Barra e Recreio teria por volta de 720 mil habintantes, com segundo maior indice de arrecadaçao de impostos da capital e com franco potencial para a expansao, quiça fosse esta planejada para a qualidade de vida fosse mais nivelada a todos.
Participem!

Acessem no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=45360204
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Jacarepaguá ,a nossa cidade
O Rio, o nosso país!

26 janeiro 2009

São Paulo de Piratininga - Terra dos bandeirantes



















São Paulo
Esta cidade tão cinza
com cores gris
esta vontade de reve-la constantemente...